Crítica: Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

Aviso: Crítica sem spoilers!


O auge dos filmes de ação.


A franquia Missão: Impossível teve o charme de proporcionar uma experiência de ação diferente a cada filme que era lançado. Cada obra tinha um artista diferente que trazia sua própria assinatura e desde o primeiro longa, que tinha a direção espetacular de Brian De Palma (Carrie – A Estranha). Após isso tivemos John Woo (The Killer – O Matador), J.J. Abrams (Super 8) e Brad Bird (Os Incríveis), que tiveram a oportunidade de deixar sua marca registrada na franquia.

Além disso, os filmes de Missão: Impossível cravaram Tom Cruise (Top Gun) como uma das figuras mais importante do cinema de ação moderno.

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Agora chegamos em Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, e mais uma vez dirigido por Christopher McQuarrie, que repete sua parceria com Cruise e ambos continuam com a sintonia perfeita, pois os dois se entregam em corpo e alma para trazer o melhor do cinema de ação para o público.

Missão: Impossível é uma franquia que tem a coragem de falar que usou diversos gêneros nos seus filmes para proporcionar uma experiência única para cada obra. Ele surfou no thriller de espionagem, uma ação estilosa do John Woo, a ação cartunesca e, no sétimo, o cineasta mistura os elementos da ação com o suspense da espionagem, onde suas raízes foram construídas pelo Brian De Palma.

É difícil descrever qual sequência de ação que merecem um destaque para ser comentado, pois McQuarrie se supera a cada longa por entregar um trabalho excelente e usar sua câmera para contar sua história por meio da ação. Todo filme de ação tem seu aliado comum, sendo a montagem. Entretanto, atualmente, em Hollywood os produtores esqueceram dessa parte importante do gênero e é lançado algumas aberrações criada por uma pessoa que podia ser muito bem feita por uma inteligência artificial.

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Falando da própria IA, ela virou um assunto muito discutido em todo lugar por preocupar as pessoas de todas as áreas, por talvez um dia ela possa substituir alguém em algo. Em Missão: Impossível 7, a Inteligência Artificial vira a vilã da trama e se torna um objeto para ser encontrado. O longa mostra o horror que seria uma tecnologia autoconsciente tentando dominar a vida das pessoas.

IA ser um dos vilões do filme é uma provocação e um aviso de McQuarrie para a Indústria Cinematográfica tomar cuidado quando for usar essa tecnologia para tornar “as coisas mais fáceis” na hora de fazer um filme ou série. Além que aos poucos essa ferramenta irá transformar qualquer pessoa em preguiçoso e tirar a criatividade nas obras.

Outro vilão do longa que ganha bastante espaço é o Gabriel, interpretado por Esai Morales (La Bamba), que facilmente é um dos melhores vilões da franquia desde o terceiro filme. Gabriel é o típico “fantasma do passado” do nosso herói e Morales traz toda essa carga de medo onde passa.

O compositor Lorne Balfe (Lego Batman: O Filme) entrega um ótimo trabalho por usar sua trilha em momentos de pura tensão na narrativa. O trabalho de som transporta facilmente o público nas cenas mais loucas do longa. Por exemplo, a tão emblemática cena da moto de Tom Cruise, pulando do penhasco, é uma experiência vigorosa testemunhar essa cena em si.

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O elenco de apoio continua ótimo com os eternos parceiros de Ethan Hunt interpretados pelos carismáticos Ving Rhames (Pulp Fiction) e Simon Pegg (Chumbo Grosso). Além disso, temos a nova adição do elenco que é a ladra Grace, vulgo o papel é desempenhada por Hayley Atwell (Capitão America: O Primeiro Vingador), que está muito bem na personagem. Rebecca Ferguson continua sendo a maravilhosa espiã, Ilsa Faust, e ainda é uma das melhores atrizes que entrou na saga.

Não é exagero falar que Missão: Impossível inovou o gênero de espionagem por sempre se arriscar em vários estilos, criar algo novo no meio de inúmeros temas partidos do gênero e continuar relevante depois de tanto tempo.


Veredito

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 é uma experiência cinematográfica para todo mundo acompanhar em tela Tom Cruise arriscando a próprio vida para demonstrar que o cinema de ação não deve ser subestimando, além de ser uma batalha energética contra o Chat GPT e mostrar uma vez que não devemos trocar nosso cérebro por algum artificial.

10/10.

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