Aviso: Crítica sem spoilers!
Nova aventura do dragão guerreiro diverte, mas não encanta
Depois de uma ótima trilogia de filmes, o lendário Dragão Guerreiro Po volta as telas em Kung Fu Panda 4. Considerado como um começo de uma nova trilogia, o público esperava uma justificativa válida para trazer a franquia de volta depois de oito anos, e é uma pena que essa justificativa é totalmente vazia.
A história segue um novo caminho para Po. Honrando o desejo de seu antigo mestre, ele precisa se tornar o novo líder espiritual do Vale da Paz e assim escolher o novo Dragão Guerreiro. Em dúvida sobre qual caminho seguir, o panda ainda precisa cuidar da chegada da Camaleoa, uma nova vilã que tem.o poder de se transformar em velhos inimigos de Po. Como aliada, ele conta apenas com Zheng, uma misteriosa raposa que cruza seu caminho.
O quarto filme tenta ser uma continuação direta, quanto uma nova entrada a franquia, porém, pelo fato de apresentar novos personagens e escantear alguns personagens já conhecidos do público, podemos considerar o longa como uma porta de entrada para novos fãs da franquia.
O maior destaque do longa fica para o próprio Po e Zheng, que serve como uma ótima coadjuvante, apresentando novos locais e personagens nunca antes vistos na franquia. Ela e Po formam uma ótima dupla e a maioria das piadas envolvendo os dois funcionam.
Porém, nem tudo são flores e o longa sofre com seu roteiro pouquíssimo inspirado. Esse tópico é facilmente ilustrado pela Camaleoa, nova vilã da franquia, e também facilmente a pior entre os vilões de Kung Fu Panda. Desde os trailers ela é vendida como a maior ameaça, pois consegue se transformar em vilões antigos de Po, mas no longa é algo completamente diferente, sendo uma personagem com aparição curta e carregada de clichês, mas o que esperar de uma vilã que precisa de outros vilões da franquia para funcionar.
Mas algo que funciona muito bem em Kung Fu Panda 4 é sua animação, que ainda continua muito boa, tendo um estilo de animação mais estilizado e muito bem feito. A trilha sonora de Hans Zimmer funciona, mesmo não sendo tão marcante.
As melhores cenas do longa estão em suas cenas de comédia e pancadaria, que ainda funciona muito bem, tendo um ritimo ágil, que consegue transitar entre momentos épicos e mais cômicos. Porém não posso deixar de citar o que foi feito com os Cinco Furiosos, que são completamente deixados de lado, muito provavelmente por causa do corte de custos que a DreamWorks vem passando, que mesmo tendo Po como seu personagem central, os 5 personagens fazem muita falta nesse universo.
Veredito
Ao fim, Kung Fu Panda 4 é uma boa animação, mas tinha potencial de ser muito mais, mesmo tendo um bom timing cômico e um bom trabalho de animação, o longa peca em seu roteiro falho e personagens e vilã não bem construídos, não parecendo nada com a ótima trilogia feita antes. Resta saber agora, se os próximos filmes ainda terão o brilho, do que era uma das melhores sagas da DreamWorks.
