Crítica: A Órfã (2009)

Alerta: SPOILERS! Desça e leia por sua conta e risco


Um filme funcional, porém mediano.


É sempre interessante assistir a um filme que você viu várias vezes quando criança com uma visão um pouco mais madura, com a sequência de A Órfã próxima do seu lançamento, fui impulsionado a revistar esse filme que apesar de ser para maiores de 18 anos, assisti mais de uma vez entre meus 12 a 13 anos.

O longa conta a História de Kate (Vera Farmiga) e seu marido John (Peter Sarsgaard) os dois moram com seus filhos Max (Aryana Engineer) e Daniel (Jimmy Bennett) que após um aborto, resolvem adotar a jovem e encantadora Esther (Isabelle Fuhrman) logo após isso, coisas estranhas começam a acontecer.

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O filme consegue estabelecer o passado de Kate de uma forma rápida de eficaz, seu aborto, problemas com alcoolismo e a infidelidade de seu marido são apresentados de forma rápida, porém perfeitamente crível. Logo no início, vemos que a direção de Jaume Collet-Serra não é preguiçosa. A câmera quase nunca está parada e seus enquadramentos e movimentos são bem dinâmicos. O longa cria uma atmosfera de suspense imersiva e nos instiga a querer saber mais sobre o passado de Esther, mas contudo, nem tudo são flores.

As atuações são boas o suficiente para entrarmos na trama de uma forma orgânica Vera Farmiga e Isabelle Fuhrman entregam atuações boas, porém, o personagem de Peter Sarsgaard me tirou do filme diversas vezes por simplesmente não parecer um ser humano pensante. Tudo ao redor da família começa a se complicar com a chegada de Esther e mesmo quando tudo aponta para a garota. Ele não consegue ligar os pontos, fazendo o estereótipo clássico do personagem cego que não consegue ver as coisas que estão claras para o público e para os personagens da trama, um péssimo artifício de roteiro para fazer a trama andar, eu diria.

Falando no roteiro, ele é sim funcional como um todo, mas ainda sim possui pontos negativos o suficiente para não serem ignorados. O mais gritante sem dúvidas é o estereótipo do personagem cego como já foi citado, mas também ele possui diversos momentos onde o que acontece em tela são só para fazer o filme ter as suas duas horas e três minutos, como a sequência de luta entre Kate e Esther no final do filme, a luta já estava encerrada basicamente na cena do jardim da família, se algumas cenas como essa fossem retiradas, o filme ficaria ainda mais dinâmico.

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Mas sim, existem coisas boas no roteiro, como o magnífico plot twist de que na verdade Esther é uma mulher de 33 anos com nanismo, isso faz a obra ser marcante e sem sombra de dúvidas é o que faz o filme ser lembrado até hoje.


Veredito

A Órfã é um bom filme de suspense com um plot twist memorável, mas com um roteiro enrolado e com artifícios batidos, fazendo o filme perder o seu potencial.

7/10.

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