Review: Batgirl – Ano Um (2003)

Alerta: SPOILERS! Desça e leia por sua conta e risco.


O manto em boas mãos.


Batgirl: Ano Um faz parte da iniciativa que a DC Comics realizou nos anos 2000 de revitalizar heróis como Batman, Superman, etc. Nessa onda de revitalização veio Batgirl: Ano Um, que se passa depois de Batman: Ano Um e Robin: Ano Um. A HQ acompanha Barbara Gordon, uma jovem que acabara de se formar na faculdade e que trabalha na biblioteca de Gotham, mas o que ela realmente quer é ser uma policial, assim como o seu pai, Jim Gordon, que não aceita o desejo da filha. Ela então decide montar uma fantasia de Batman e ir para uma festa da qual seu pai também foi convidado. Porém, durante essa festa, o vilão Mariposa tenta sequestrar Bruce Wayne, mas acaba sendo impedido por Barbara, que gosta da experiência e decide adotar de vez o nome de Batgirl para combater o crime em Gotham City.

A HQ apresenta uma história divertida para uma personagem tão trágica como Barbara Gordon, já que como todos sabem, ela acaba levando um tiro do Coringa que a deixa paraplégica. Isso é citado de maneira indireta na HQ, quando o Senhor Destino consegue visualizar o futuro da jovem super-heroína. O humor é bastante semelhante ao que foi apresentado em Robin: Ano Um, utilizando a figura de um jovem cheio de energia para contrastar a figura de seu tutor, um adulto sombrio e com traumas. No caso do Robin é o Batman e da Barbara é o seu pai, Jim Gordon, que não quer que sua filha cometa o mesmo erro que ele cometeu, de se tornar um policial.

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Continuando nessa linha do humor, a arte de Marcos Martin e Alvaro Lopez ajuda o roteiro a seguir nessa continuidade, já que os desenhos são bastante “leves”, com nenhum personagem apresentando características carrancudas (como estamos acostumados a ver em histórias do Batman). A exceção é do Pantera, que faz uma breve aparição e alerta Barbara sobre os perigos de seguir nessa carreira. Fora isso, até mesmo o Batman apresenta uma feição mais serena, como se a inexperiência da Barbara impedisse ela de enxergar todas as cicatrizes que esses heróis sofreram ao longo de suas carreiras.

Outro ponto alto é o relacionamento entre Barbara e Dick, o que começa com uma certa “rivalidade”, acaba em um romance, que não é o foco do quadrinho, mas deixa portas abertas para o futuro do casal.

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O contraste entre os vilões da obra, Mariposa e Vagalume, é algo bem interessante, já que enquanto o Vagalume é mais quieto, calculista e muito mais maníaco, o Mariposa é histérico e que não possui bons planos. Os dois se unem para montar uma “agência” que promete proteger negócios ilícitos do Batman e da polícia.

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Mas sem dúvidas, o ponto alto da HQ é a personalidade da Barbara, que desde o início apresenta ser alguém que não desiste fácil, mesmo quando todos subestimam suas habilidades. Isso acontece em vários momentos da HQ, com o próprio pai dizendo que ela não pode ser policial, o seu professor de artes marciais dizendo que ela não é capaz de derrotá-lo e até o próprio Batman dizendo que a vida de vigilante não é para ela.

Mas como eu disse, ela não desiste facilmente. De alguma maneira, o fato de todos a subestimarem só deu mais vontade para a garota seguir o próprio caminho. Além disso, Barbara não precisou de nenhum treinamento com o Batman para se tornar a Batgirl, ela possuía conhecimentos de informática, sendo extremamente calculista, e claro, o conhecimento para criar seus próprios gadgets de defesa pessoal, mostrando novamente que ela não é uma garota qualquer, e sim a Batgirl.

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Ficha Técnica: Com roteiro de Chuck Dixon e Scott Beatty, desenhos de Marcos Martin e arte final de Alvaro Lopez, Batgirl: Ano Um foi lançado em 2003 pela DC Comics como uma minissérie em nove edições.


Veredito

Batgirl: Ano Um é uma história muito boa sobre uma figura icônica da Bat-Familia, além de apresentar uma trama sobre uma figura feminina empoderada que nunca desiste de alcançar seus objetivos. 

Avaliação: 5 de 5.
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Paulo Henrique

Apaixonado por séries, filmes, quadrinhos e tudo relacionado a cultura pop.

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