Review: Alan Wake

Uma obra prima moderna.


Lançado em 2010 e desenvolvido pela Remedy Entertaniment (responsável também por Max Payne 1 e 2), Alan Wake é um survival-horror que acompanha um escritor em uma busca desesperada para tentar salvar sua esposa de uma entidade que é basicamente a escuridão que tem a capacidade de possuir pessoas, animais e até objetos inanimados.

No entanto, o que difere Alan Wake de um survival horror genérico e entediante é a sua história, que consegue prender o jogador em todos os detalhes, pois por se tratar de uma luta contra a própria escuridão, é difícil quem são os amigos e quem são os inimigos, causando uma paranoia de nível extremo, afinal de contas, o personagem principal precisa resgatar sua esposa enquanto luta contra todos esses fatores para tentar permanecer vivo.

Já que citei essa luta do protagonista, nada melhor do que falar sobre o combate do jogo, durante o game enfrentamos três tipos de inimigo: Pessoas normais que foram possuídas pela presença escura, chamada de Taken, corvos também possuídos e objetos endemoniados que também foram possuídos pela presença escura.

Alan Wake Remastered Review - IGN

O ponto fraco de todos ele é a luz, por conta disso Alan sempre tem uma lanterna e uma arma de fogo para se proteger, já que a luz quebra essa barreira da presença escura, tornando esses inimigos vulneráveis a tiros. Além da lanterna e das armas, temos também sinalizadores, granadas de luz e (a melhor arma do jogo na minha opinião) pistola de sinalização, um fato engraçado é que Alan, por ser um escritor, não é muito atlético, por conta disso, ele não consegue correr por muito tempo até se cansar, por isso, caso você esteja em apuros é melhor usar um sinalizador e enfrentar esses inimigos antes que eles te peguem.

No total, Alan Wake possui 8 capítulos, com 6 sendo da campanha principal e 2 da DLC, eles são distribuídos de forma episódica, como se você estivesse assistindo uma série, dando um ar “cinematográfico’’ a obra, mesmo que pareça pouco, esses 8 episódios são longos e caso você queira pegar todos os colecionáveis de cada capítulo, garanto que vão render boas horas de diversão e terror para você.

No entanto, os personagens apresentados durante a trama não ganham muito espaço e suas motivações não são muito claras durante a jogatina, mas toda história desse personagens é contada através dos manuscritos espalhados pelo jogo, que contam sobre tudo envolvendo eles e claro sobre os eventos que acontecem em Bright Falls, outra maneira interessante que os desenvolvedores acharam para contar a história da cidade é através de cartazes espalhados pelos capítulos, além de um programa de rádio local que comenta sobre os recentes acontecimentos que Wake passou na cidade.

Mas o que torna Alan Wake interessante é o fato de você não saber se aquilo que está acontecendo é real ou não, afinal de contas tudo aquilo pode ser um pesadelo ou uma alucinação do próprio Alan para tentar contornar o luto pela morte de sua esposa, e como citei no primeiro parágrafo, o jogo inteiro é uma grande paranoia de um escritor que não sabe separar ficção de realidade e não é aí que está o verdadeiro terror? Se você não saber o que é realidade e o que é sonho? Bem para mim é por isso que Alan Wake é uma verdadeira obra de arte moderna do mundo dos games.

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Paulo Henrique

Apaixonado por séries, filmes, quadrinhos e tudo relacionado a cultura pop.

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