
Reprodução: Paris Filmes
Aviso: Crítica sem spoilers!
“Um por todos e todos por um”.
Dirigido por Martin Bourboulon (Relacionamento à Francesa), o filme Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan adapta um clássico romance francês escrito por Alexandre Dumas. A trama conta a história de Charles D’ Artagnan (François Civil), que almeja entrar para a elite do rei e se tornar um grande mosqueteiro, na França de 1697.
Ele viaja para Paris e de uma forma muito ousada acaba conhecendo uns dos três grandes mosqueteiros do rei Athos (Vincent Cassel), Porthos (Pio Marmaï) e Aramis (Romain Duris). Ele logo é metido em um jogo político que ameaça a Coroa.
Bourboulon adaptou um clássico romance de forma ousada, mas ao mesmo tempo mantendo o bom e velho clichê dos romances. Ele passou sua visão clara e objetiva sobre a trama, um filme aonde protagonista é metido em meio ao jogo político para derrubar o rei, mas no meio disso tem uma mulher do qual se apaixona e arrisca a vida por ela.
Quando digo “o bom e velho clichê” é mais referente ao cara apaixonado que faz de tudo para conquistar o seu amor à primeira vista. Isso pode parecer realmente muito clichê, mas funciona e não estraga nada na experiência. É possível que até momentos leves você solte uma risada quando esses dois estão juntos.
Agora pulando para a ação do filme, ele entrega umas ótimas cenas de ação que consegue trabalhar em conjunto com a trilha e seu jogo de câmera muito ousado, que é, de fato, muito bem trabalhado. Até ouso dizer que a trilha e esse jogo de câmera lembra Christopher Nolan e Hans Zimmer.
François Civil (Charles D’Artagnan) entregou uma atuação muito carismática que te faz gostar do jeito que ele atua o personagens. Sua interação com os personagens é orgânica e verdadeira. Assim também conseguindo tirar um sorriso do público em momentos engraçados, que aliás, estão em momentos sérios e nada forçados.
Eric Ruf (Richelieu) e Eva Green (Milady de Winter) também conseguem entregar ótimas atuações como os vilões da trama.
Quando pensa-se nos três mosqueteiros, geralmente é visto como se fossem heróis corretos, nobres e algo mais “bonito”, por assim dizer. Mas essa visão retratada no filme mostra os heróis de forma mais realista e ousada. Mostra as suas mais obscuras verdades, mas eles continuam sendo nobres e muitos leais aos seus parceiros e a Coroa.
Veredito
Os Três Mosqueteiros: D’ Artagnan é um ótimo filme que mescla o atual com o clássico e cortejando com o clichê. É um filme divertido, eletrizante e ousado, que vale a pena ser assistido. Afinal, nunca é ruim assistir um filme diferente que não seja de herói ou um mega longa de ação.
8,5/10.
Ótimas observações. Vale muito a pena assistir mesmo!