
Aviso: Crítica sem spoilers!
Um começo surpreendente para um final ainda mais chocante.
Invencível, a nova série animada da Amazon Prime, baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, terminou com sua primeira temporada ainda ontem pela noite, e de forma incrível. A série animada segue o jovem Mark Grayson (Steven Yeun), filho do super-herói mais poderoso da Terra, o Omni-Man (J.K. Simmons), um dos membros dos Guardiões Globais, uma espécie de Liga da Justiça. Ao mesmo tempo que Mark vive uma vida normal, ele também anseia por ter poderes e ser igual ao pai. Realmente, isso acontece, e ele se torna o Invencível – que não é tão Invencível assim.
A brutalidade da primeira temporada é imensa, e como ela é retratada, consegue ser muito pior que The Boys. Com um grande foco nos primeiros episódios em Mark, estabelecendo sua relação com seus pais, além de adquirir os poderes, o jovem de Ensino Médio precisa de roupa, nome e treinamento. A inexperiência de Mark no ramo é bem visível, até o mesmo adentrar num grupo de heróis jovens, a chamada Tropa Jovem. A interação para com os membros foi pouco explorada, e acredito que possa ficar para uma segunda temporada, porém, ele possui uma dinâmica muito bem feita com Eve Atômica (Gillian Jacobs). Diferentemente de Amber (Zazie Beetz), a interação com Eve consegue ser mais fluida, e Mark é ele mesmo. Com Amber, ele se segura, se atrasa nos encontros e não pode revelar quem realmente é . É uma relação forçada, que não consegue definir muito bem o que quer, e talvez, devesse ser esquecida para uma nova temporada.
O roteiro bem amarrado, não permite deixar pontas soltas para que criem os típicos “furos de roteiro”. Ele encaixa muito bem possíveis sequências, que podem ou não acontecer numa segunda temporada. Além de um roteiro consistente, a animação apresenta um elenco de voz agradável e muito bem confortável, com J.K. Simmons, Steven Yeun e Sandra Oh (Debbie) sendo os principais dubladores, com cada um tendo seu momento de brilho. Gillian Jacobs também não fica longe disso, dando voz a Eve, com leveza, tendo uma grande e importante participação, em toda a trama.
Se o roteiro é muito bem consistente, pode se falar também do próprio design da série animada. As cores mais vivas e claras são utilizadas nesta visão, além de possuir cenários vastos e bem renderizados. Acompanhado com os cenários, estão as cenas de ação e outros movimentos. As sequência de ação, retratada com muita brutalidade, é o ponto mais alto da série, que parece adorar mostrar este lado sanguinário. A trilha sonora é um outro ponto, que apesar de não se fazer tão presente, é agradável – principalmente a dos créditos, denotando um ar heroico para a animação.

Toda a primeira temporada construiu uma grande base para Mark e sua família, preparando muito bem o terreno para a próxima. São oito episódios que não caem de qualidade, e o ritmo frenético é desacelerado propositalmente, optando sempre por um episódio calmo e dramático, antes de um que tenha muita ação e sangue. É uma jogada bem pensada pelos produtores e diretores, no sentido de deixar o espectador ansioso pelo que vem a seguir – e claro, sabendo também deixar tenso e chocado com os acontecimentos dos episódios. Principalmente os dois últimos.
Cada episódio explora muito bem os personagens, colocando subtramas em pauta que surpreendem para uma equipe – ou personagem -, ou aumentam ainda mais a visibilidade e heroísmo de Invencível, ajudando na construção do herói-título. Mesmo que nos quadrinhos de Kirkman não tenham muitos vilões secundário, a série utiliza estes como importantes para alguns aspectos da trama em si, sem que perca o foco principal da história que Invencível quer transmitir.
Se a Amazon quis tentar fazer que uma nova série se tornasse febre entre o público e um grande sucesso de crítica, conseguiu. Assim como a DC fez com a Arlequina, que tem sua própria série animada violenta – não tanto quanto Invencível -, a Amazon apostou nos quadrinhos novamente, trazendo o desconhecido para muitos, numa série. A violência das HQs, é muito bem retratada para a TV, e ainda, eleva a série como uma das melhores de heróis já produzidas, com potencial para dar ainda mais frutos.
Veredito
Invencível é uma série animada que possui uma construção de temporada sem perder o foco, seguindo realmente seu objetivo. Apesar da história ser bem desenvolvida, não podemos falar o mesmo da relação entre Mark e Amber, que parece forçar que todo herói precisa ter um par amoroso. Apesar disso, o elenco de voz estava em grande performance, com muita confortabilidade para com seus personagens, em diálogos narrativos precisos.
O maior ponto positivo da série são as cenas de ação intensas e bem representadas, com um enorme excesso de violência. Possuindo uma trama consistente e conseguindo facilmente encaixar as subtramas com a principal, não seria menos dizer que Invencível é uma série animada grandiosa, que pode nos surpreender ainda mais com suas duas próximas temporadas. Invencível, com certeza, já está no rol das melhores séries de heróis já produzidas, e merece ganhar sua devida atenção.
10/10.
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