
Reprodução: Warner Bros
Aviso: Crítica sem spoilers!
Filme da boneca mais amada do mundo sabe entreter e emocionar na medida certa.
Um fenômeno cultural não nasce simplesmente do dia pra noite, mas quando surgem, são capazes de gerar as mais diversas reações. Esse é o caso de Barbie, que está presente na realidade de adultos e crianças há diversas décadas, e faz parte do imaginário popular. Mas e se o mundo cor de rosa dela não for tão colorido assim?
Essa é a premissa do filme dirigido por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie. A trama mostra Barbie vivendo uma vida praticamente perfeita, até que começa a ter pensamentos estranhos e precisa ir para o “mundo real” para entender o que está acontecendo.
O que mais surpreende em Barbie é seu roteiro inteligente e engraçado, isso abrilhantado por um mundo cor de rosa criado por Gerwig. A diretora sabe muito bem equilibrar os momentos de comédia com os mais sérios, e vai fundo no exagerado e tosco(no bom sentido) em seu visual e direção de arte.

O longa olha a própria história e mistura a jornada de sua protagonista com problemas extremamente reais como amadurecimento e autodescoberta. Ainda brinca com seu universo e com a nossa própria percepção dos diferentes aspectos da vida. E não tem medo de mexer em assuntos espinhosos e que trazem debate, seja o machismo ou a masculinidade tóxica
O destaque em atuação fica para sua dupla principal, Margot Robbie brilha em tela com a sua personagem, principalmente em cenas mais emocionantes. E Ryan Gosling prova que consegue ser um ator para a comédia, indo para o total exagero do personagem, mas sem perder a sua vulnerabilidade. O resto do elenco também faz bonito, com destaque para America Ferreira, Kate McKinnon e Will Ferrell.
Veredito
Barbie sabe entreter e emocionar na medida certa. Além de um roteiro divertido e criativo, o longa faz jus ao que a boneca representa para as diversas gerações de meninas que brincaram com ela. Mostrando que até a pessoa mais perfeita tem os seus problemas de vida.
9/10,