Aviso: Review sem spoilers!
Mais diversão e muito mistério.
A série Stargirl é muito especial, e há muitos momentos em que o show consegue se superar cada vez mais. Sendo uma adaptação de quadrinhos, e tão fiel quanto um, Geoff Johns traz a heroína e a Sociedade da Justiça para as telas. Novamente, agora em uma terceira temporada, a equipe vai precisar amadurecer ainda mais, após derrotar Eclipso e passar por momentos sombrios em Blue Valley. No entanto, os momentos dramáticos e assustadores vão retornar.
No novo ano, os inimigos da Sociedade da Justiça no passado, e na primeira temporada, estão tentando virar “amigos”. E claro, Courtney (Brec Bassinger) sempre concede uma segunda chance a todos, mesmo que Pat (Luke Wilson) fique desconfiado. Diferentemente de ambos, Sylvester/Starman (Joel McHale), não acredita muito em segundas chances, apesar de ter ganho uma. Claro que ele fica um pouco contra, visto que Mestre dos Esportes e Tigresa faziam parte da Sociedade da Injustiça, e ajudaram a matar seus amigos. Será um conflito interessante de ser ver na temporada.
Seguindo após os eventos da segunda temporada, que são mencionados por alguns personagens, como o vilão Jogador (Eric Goins), que ficou sabendo mesmo estando fora da cidade. Com isso, a Sociedade da Justiça segue um pouco mais tranquila, mas sempre de olhos abertos, e nem todos os membros dispostos a dar uma segunda chance. Cindy (Meg DeLacy) é incluída na equipe, o que traz uma rixa com Yolanda (Yvette Monreal). Beth (Anjelika Washington) está vendo seus pais prepararem um novo traje, enquanto Rick, o Homem-Hora II (Cameron Gellman) enterra Solomon Grundy. Apenas Courtney está curtindo suas férias como o esperado.
Andi Armaganian volta como diretor mais uma vez, e totalmente confortável, junto do roteirista Geoff Johns. Armaganian é um nome conhecido no Arrowverse, tendo dirigido alguns episódios nas séries The Flash, Arrow e Supergirl. No entanto, ela se encontra mais em Stargirl, pela leveza que a personagem traz. A boa dinâmica dos personagens continua, o que não surpreende. Além disso, o episódio serviu mais como “localizar” os fãs na nova temporada, contendo pouca ação. No entanto, quando precisou de uma sequência de luta, foi muito bem aproveitada, o que a série faz de melhor.
O elenco principal está totalmente confortável. Mesmo que McHale tenha tido menos tempo de tela em contracenar com os demais, sua participação é boa, mas não é uma dinâmica totalmente fluida. Por sua vez, os demais, incluindo Jonathan Cake como Sombra, estão em suas zonas de segurança. Com toda a certeza, haverá ainda mais uma maior exploração da equipe criativa por parte de alguns personagens que são bem secundários, como Ártemis e Jakeem/Thunderbolt.
E claro, o CGI não deixa a desejar. Stargirl é uma das séries que mais gasta com efeitos especiais na CW, assim como Superman & Lois. Mesmo com o orçamento apertado, a emissora consegue entregar um CGI minimamente bom, e nunca deixando incompleto – como está acontecendo em vários filmes no atual momento. Além disso, a trilha sonora composta por Pinar Toprak está dando todos os destaques e tonalidade que a série precisa.
Por sua vez, não há o que apontar de negativo neste primeiro episódio, que prepara o terreno para uma temporada cheia de mistérios. Novamente, Stargirl acerta em cheio em sua trama e tom, sabendo ir de uma segunda temporada sombria, para um terceira temporada com muitos mistérios.
Veredito
Stargirl prova ser a melhor série da DC no momento com mais de uma temporada, e facilmente, o melhor seriado em abordar o tema de heróis adolescentes. A terceira temporada traz o elenco afiado mais uma vez, e uma história divertida, consolidando o tom de amadurecimento com o passar das temporadas.
10/10.