
Reprodução: Marvel/DC
Atentado às Torres Gêmeas completa 22 anos.
11 de setembro de 2001, o fatídico dia para os estadunidenses e o mundo. O famoso World Trade Center foi um alvo de atentado do grupo terrorista Al-Qaeda, e veio abaixo, deixando milhares de desaparecidos e mortos. O mundo via perplexo a destruição do local, assim como o Capitão América e o Homem-Aranha. Os heróis falharam em sua missão. Onde eles estavam? Por que deixaram isso acontecer? Eles não podiam imaginar e prever que isso iria acontecer, como disse Peter Parker logo no começo.
Em luto, a Marvel publicou a HQ O Espetacular Homem-Aranha #36 com a capa toda preta. Não havia arte que pudesse descrever tamanha tragédia. Toda a história é narrada pelo Cabeça de Teia, que ajuda os bombeiros, paramédicos, policiais, a salvarem as pessoas debaixo dos escombros. O Coisa, Ciclope, Demolidor e o herói representante da nação, Capitão América, estavam juntos, ajudando. É neste momento que a palavra herói, não significou nada para eles. Eles possuem habilidades, poderes e sentidos aguçados, e salvam o dia, o mundo. Mas, dessa vez, os bombeiros e ajudantes de resgate, salvaram o dia.
Todos estes se arriscam cada dia, podem morrer, pois não possuem a imortalidade. Apenas um não consegue levantar os escombros, mas com a ajuda de todos, uma fresta pode ser a salvação. Eles não possuem a força do Hulk, ou o sentido aranha para prever que algo pode desmoronar. Eles não possuem o voo do Thor, nem muito menos, o raio-laser do Ciclope. Tudo o que eles têm é a esperança de que há alguém vivo, e não irão descansar até salvar a vítima. Para Peter, eles são verdadeiros heróis.
A humanidade se viu em um tempo sombrio, e que até hoje, estamos vivendo, com os acontecimentos recentes do Afeganistão. O Homem-Aranha não conseguia descrever àquilo. Não queria viver para ver a tragédia, mas viu o maior patriota da nação cerrar os punhos para fazer justiça. Ou vingança. Todos os sentimentos estavam presentes: Dor, tristeza, medo, vingança. Os heróis viram o horror. Estamparam seu medo no rosto. Choque total. Seus sentimentos, sua luta, é o que os tornam mais humanos. E se tornaram ainda mais em um momento delicado como esse.
Aqui, não importa qual herói está ajudando. Seja Homem-Aranha, Capitão América ou os próprios X-Men. Não há rivalidade entre editoras. Assim como a Marvel, a DC se uniu em prol deste momento. Não a só a DC, mas os quadrinistas em si, para mostrar cada visão de um herói, que não mede esforços para ajudar, o Superman. Enquanto o Capitão América passa o sentimento de patriotismo, o Homem de Aço tenta transmitir a esperança.
Aqui, não há uma história dele em si, contada por ele, e sim, por outros, como o pequeno Alex Ross ou uma criança lendo um quadrinho em meio aos destroços. É naquele momento, estes pequenos momentos, que a criança sabe que o Superman deveria existir.
‘9-11 September 11th 2001: The World’s Finest Comic Book Writers and Artists Tell Stories to Remember’, o quadrinho que trouxe diversos quadrinistas, reuniu um artista bem específico e amado por muitos. O desenhista Alex Ross. Para os fãs, o Superman não passava apenas de um grande herói, superpoderoso, que poderia mostrar ao mundo o que ele é capaz de fazer pela humanidade. Porém, dessa vez, tudo isso é colocado para escanteio, e traz o lado humano de um super-herói. A capa da segunda edição desta minissérie, mostra diversos civis, bombeiros, policiais, paramédicos, como plano de fundo e maiores que Superman e Krypto, que se surpreendem que não são apenas os únicos heróis ali.
Como o Homem-Aranha reconheceu, sobre todas as pessoas que ajudaram diversas vítimas neste triste dia, serem verdadeiros heróis, Superman também. Para toda a humanidade, o herói era, literalmente, um super-homem. Para o Escoteiro, que luta pela verdade, justiça e o jeito americano, ele era apenas um homem, cercado de super-homens e supermulheres. Se seu símbolo significa esperança, a imagem representa muito mais do que isso: heroísmo.
Em memória à todas as vítimas do 11 de setembro.