Vilã se torna “heroína na visão de Gotham”.
Arlequina é uma das personagens mais lucrativas do mundo geek, com certeza, e um sucesso entre o público feminino mais jovem, por conta de Esquadrão Suicida (2016), e depois em Aves de Rapina. Porém, mesmo com todo esse sucesso, a fama de badass no cinema, Harley ainda é uma personagem muito presente nos quadrinhos, e muitas vezes, ainda presa ao Coringa. Mas, agora, ela parece ter um novo rumo no Future State, e grandeza não é o que ela pensa.
Stephanie Phillips, escritora da primeira edição, tenta emoldurar uma vilã sem um norte, já que o Batman original foi supostamente morto nas mãos do Magistrado, uma força de alta segurança que combate qualquer mascarado que ver na rua. Mesmo não sendo uma mascarada, Harley usa seu traje para se divertir em Gotham, mas ela não parecia querer roubos, e sim, apenas diversão, ou só chamar a atenção do Magistrado. Ela é levada ao Asilo Arkham, – possivelmente, ou quem sabe uma outra prisão – e lá vê o Espantalho, no caso, sem a máscara e totalmente reabilitado, trabalhando como um psiquiatra em si. Talvez essa seja a pegada mais curiosa do quadrinho, pois Crane quase nunca tira sua máscara.
Tudo bem, Crane reconhece os seus erros, vira aliado do Magistrado para limpar as ruas da cidade com muito mais eficiência que o Batman, e por aí vai. Porém, ele está ali com Harley para um único propósito, uma ajuda para capturar outros vilões mascarados. Além do Batman e seus outros aliados, a Arlequina conhecia muito bem cada um dos vilões, pois vivia nesse meio, e em troca da ajuda, receberia algumas boas compensações. São três alvos: Professor Pyg, Vagalume e o infame Máscara Negra, que ainda controlava sua gangue de máscaras. Ela conhece muito bem cada um, e preparou planos para deter os dois primeiros, na certeza que funcionasse. Agora, como no filme Aves de Rapina, Harley terá de enfrentar o Máscara Negra, atual status quo de Gotham.
Diferentemente dos visuais anteriores da personagem, este novo visual da vilã remete mais infantilidade do que amadurecimento. O cabelo repartido nas cores azul e rosa – clara referência aos cinemas – não é tão legal como nas pontas dos cabelos. A arte de Simone Di Meo, é claro, padronizada para o evento, com traços mais leves e fluidos, por assim dizer, no geral, é ótima, mas nada muito marcante. Porém, a personalidade aqui é um acerto. Ela é mais esperta do que aparenta pelo visual. Agora, referente ao visual do Crane – como Espantalho – e Máscara Negra, estão ótimos, e bem assustadores, por assim dizer. Quanto a paleta de cor, alterna muito bem entre o escuro e o colorido, ao estilo Aves de Rapina, no uso do azul e do lilás, igualmente ao filme. É um belo trabalho da colorista Tamra Bonvillain.
Com uma equipe criativa de qualidade e um roteiro interessante, Arlequina #1 parece ser uma minissérie muito promissora no Future State, redefinindo alguns personagens e ela própria. A segunda edição que já foi lançada nos EUA, promete uma batalha árdua entre o Máscara Negra e a Arlequina, os mais novos rivais da cidade. Estou animado para ver os próximos capítulos da história.
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