Alerta: SPOILERS! Desça e leia por sua conta e risco
Série retorna e mostra que não tem pudor algum.
Entre tantas séries de heróis, uma chama a atenção de muita gente: The Boys. Mas não por causa de ter diferentes heróis, muito pelo contrário, o motivo da série ter uma legião de fãs é por sua extrema violência, sangue puro e zero pudor. Não apenas por isso, mas também para ver como funcionaria uma Liga da Justiça controlada por uma empresa global, enquanto os heróis fazem sexo, matam a sangue frio e querem ter mais popularidade uns que os outros. E é isso o que a terceira temporada do show da Amazon Prime Video está explorando.
Em seus três primeiros episódios, com dois deles tendo 1 hora e um outro pouco menos de 1 hora, o mundo (apenas o EUA, na verdade), está lembrando da podridão de Tempesta, que se revelou nazista. A população pegou nojo deste fato, bem como do Capitão Pátria (Anthony Starr), que teve uma queda de sua popularidade. Com isso, suas ações estão ainda mais sujas, depois de ver a Luz Estrela (Erin Moriarty) ganhando mais popularidade e sendo tão amada quanto ele. Apesar disso, os Supers ainda são celebrados por grande parte da população, que não sabe da farsa completa por trás da Vought.
Mesmo depois de duas temporadas que tentam ser diferentes, o terceiro ano é muito mais diferente do que o habitual. Apesar da violência ser a mesma, a abordagem é um pouco diferente. Desta vez, os roteiristas rebuscam o passado dos Supers, mostrando “heróis” como Soldier Boy (Jensen Ackles) e a Condessa Escarlate (Laurie Holden). Os escritores modelam como se fosse a Era de Ouro dos heróis neste universo, e certos personagens relatam com orgulho estes momentos. Apenas Stargirl trabalhou com isso na TV, e de forma muito fluida, assim como The Boys está conseguindo.
Karl Urban tem um retorno brilhante como Billy Butcher, que está mais irritado e triste por ter perdido alguém muito importante. O interessante é ver como o paralelo de herói e vilão se encaixa, pois Capitão Pátria também perdeu alguém importante. Urban e Starr retornam como um estrondo, o que não é o caso de Jack Quaid, que apenas se mantém no regular Hughie. De fato, a nova temporada poderá mostrar o fim entre Butcher e Capitão Pátria em uma luta maluca e sangrenta, após Butcher receber da Rainha Maeve (Dominique McElligott) um novo composto que concede poderes temporários ao indivíduo. É provável que Maeve tenha um papel fundamental na terceira temporada, bem como alguns outros membros dos Sete.
Embora os elogios à série sejam constantes, talvez a trilha sonora em certos momentos não impacte em cenas que são necessárias. Por sua vez, os efeitos especiais estão melhores e fluidos comparados às duas temporadas anteriores. O investimentos da Amazon para a série de Eric Kripke e Evan Goldberg está muito maior (pelo que parece), e a ótima campanha de marketing denota que The Boys é o show mais popular e atraente do streaming.
Com cenas constrangedoras e absurdas, a terceira temporada de The Boys tem de tudo para ser a melhor da série, que vem caminhando com passos largos para se tornar um sinônimo no gênero. Em três episódios, a terceira temporada já tenta expandir um pouco mais deste universo, que teve uma série animada lançada há pouco tempo, e ainda um derivado em andamento.
Veredito
Mantendo a qualidade de suas temporadas anteriores, The Boys retorna com qualidade e ainda mais destrutível, com cenas que chocam o público pelo que elas significam em suas sublinhas. Mesmo que as ações de alguns personagens pareçam previsíveis em certos momentos, a série ainda consegue se segurar com sua violência escancarada, palavrões e muita, mas muita brutalidade. Os próximos episódios revelarão ainda o quão perigoso deve ser retornar ao passado.
8,5/10.
