Roteiristas de Hollywood entram em greve por melhores salários

TV em crise após ascensão do streaming.


Os roteiristas de Hollywood entraram em greve nesta terça-feira (2), após fracasso na negociação de melhores salários com os estúdios de cinema e TV, como Disney e Netflix.

A crise acaba sendo pior para a TV, visto que há uma queda nas receitas de publicidade após a ascensão do streaming no período da pandemia até o momento.

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“A decisão foi tomada após seis semanas de negociações com Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner, NBCUniversal, Paramount e Sony Pictures, sob a égide da AMPTP. Embora nosso Comitê de Negociação tenha iniciado esse processo com a intenção de fazer um acordo justo, as respostas dos estúdios foram totalmente insuficientes, dada a crise que os escritores estão enfrentando.”

Essa é a primeira greve em 15 anos, quando os roteiristas se uniram e paralisaram o mercado cinematográfico e televisivo por 100 dias, custando US$ 2,1 bilhões de prejuízo para a Califórnia.

Com o fracasso da negociação salarial, o Sindicato dos Roteiristas da América (WGA), emitiu uma nota sobre a greve. A categoria argumenta que os mais de 11 mil trabalhadores envolvidos foram lesados, visto que tiveram seus salários prejudicados pela revolução dos streamings. Isso acabou resultando em temporadas mais curtas e salários residuais menores.

“As respostas dos estúdios às nossas propostas foram totalmente insuficientes, dada a crise existencial que os escritores estão enfrentando”, diz a nota.

Por outro lado, a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMTPT), que representa alguns estúdios como Disney e Netflix, afirmou que ofereceu “aumentos generosos” durante a negociação. No entanto, ambas as partes não entraram em acordo.

Placa de Hollywood, nos Estados Unidos — Foto: Globo Repórter/ Reprodução

O impacto na TV e no cinema

A greve dos roteiristas deve impactar primeiro nos programas ao vivo, como os talk shows de Jimmy Fallon e Jimmy Kimmel. Por sua vez, novelas que passam nos horários da manhã e da tarde nos Estados Unidos devem ser paralisadas. Estreias de seriados e filmes devem atrasar. 

Já na TV, as séries que já possuem cronograma para serem finalizadas devem continuar com a programação normal, bem como séries fora dos Estados Unidos de vários streamings. A Netflix deve ser afetada no país com a paralisação da produção de alguns programas.

Por último, em relação aos filmes, o cinema pode não ser muito afetado, visto que há mais demora para que a escrita seja concluída e as gravações se iniciem. Reality shows e telejornais não serão afetados, já que são representados por sindicatos diferentes.

Com informações de g1.

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Gabriel Rodrigues Silveira http://critical-room.com/

Navego pelas águas misteriosas deste belo mundo do cinema, e procuro estabelecer todo o conteúdo possível, e mostrar os gostos de um jovem jornalista aspirante a cinéfilo. Mas, se perder a confiança em mim, confie nos outros integrantes do site.

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