Alerta: SPOILERS! Desça e leia por sua conta e risco.
Pennyworth tem grandes reviravoltas em seu segundo ano.
A série prequel do Batman na Epix, Pennyworth, é um dos grandes destaques da DC Comics na TV neste ano. Após uma primeira temporada deixando algumas questões em aberto, a segunda se inicia, tentando começar um arco totalmente novo: Uma vida nova para Alfred (Jack Bannon) e seus amigos. E isso, realmente, não parece dar tão certo.
Com a primeira temporada surpreendendo em sua trama positivamente, era muito esperado que a segunda também fosse assim, ou melhor. Talvez Bruno Heller e Danny Cannon tenham acertado a mão de vez em Pennyworth, e deixando o misticismo de James Bond de lado, para focar em uma personalidade única para o Alfred. Os eventos da primeira temporada respingaram muito bem para a segunda, com Os Corvos dominando quase toda a Inglaterra, e a Liga dos Sem Nome (a rainha e demais aliados) se sitiando apenas em Londres. A guerra civil ainda continuava, e muita gente inocente perdia a vida com bombardeios da sociedade de Lorde Harwood (Jason Flemyng).
A primeira metade da temporada obteve muito foco em Alfred e sua equipe para ganhar dinheiro fácil, além de também, mostrar um novo possível inimigo para a Coroa Inglesa. O drama foi cada vez aumentando, assim como a espera do próximo episódio, para saber o que iria acontecer. No lado de Alfred, o futuro mordomo se envolveu com o crime após Gully (James Purefoy), seu antigo capitão no exército, ao lado de Dave Boy (Ryan Fletcher). Essa decisão de viver uma vida heroica e de crime ao mesmo tempo, o separa de sua mãe Mary (Dorothy Atkinson), e sua relação familiar parece mais distante, assim como a amorosa.
E é a relação amorosa de Alfred o grande problema desta temporada. A primeira temporada conseguiu encaixar Esme (Emma Corrin) muito bem na trama, assim como Beth (Paloma Faith), que conseguiu se entrelaçar no meio dos dois. Na nova temporada, nada se acerta, e quando parece, ele volta atrás. Alfred possui um relacionamento com Sandra (Harriet Slater), e, ao mesmo tempo, se apaixona pela mulher de Gully, Melanie (Jessica De Gouw). A tentativa de fazer com que Alfred seja um típico Bruce Wayne falha, e a esperança de que sua vida seja melhor nos EUA, com Melanie, Dave Boy e sua mãe, se cai por terra. Mas, mesmo que ele seja um belo par para Melanie, quem sabe possamos ver algo mais entre ambos na terceira temporada, quando ele for para Gotham.
Apesar das relações conturbadas de Alfred, sua fama como um quebra-galhos ainda continua. Mesmo que ele tente ficar longe, ainda há trabalhos que ele é necessário, bancando o herói londrino dos anos 60. A guerra ainda continua, com a Liga dos Sem Nome e a Sociedade dos Corvos. Toda a guerra civil divide os personagens, que buscam por alguma interferência do exterior, caso a grande arma química da Sociedade dos Corvos seja liberada. Com isso, há uma tensão entre a relação de Thomas (Ben Aldridge) e Martha (Emma Paetz), que se desencontram, encontram e assumem seu relacionamento amoroso apenas na reta final. Considerando que a dinâmica entre os dois atores e personagens seja realmente boa, a dificultação de Martha para com Thomas, e vice-versa torna a subtrama, muitas vezes, entendiante. Claro, que agora, parecem ter se acertado, e veremos algo mais sólido na próxima temporada.
Deixando a trama um pouco de lado, o grande acerto da série é a própria ambientação, que apenas melhora com o passar do tempo. A Londres seiscentista já foi elogiada na primeira temporada, e na segunda, merece muitos elogios e atenção. Se o roteiro de Bruno Heller não é tão funcional em Gotham, é inegável dizer que a ambientação da cidade do Batman é errônea. Assim como Gotham, Heller e Cannon acertam no visual novamente, aderindo todo o aspecto de um alvorecer, na Londres dos anos 60. Seguindo os detalhes técnicos, vale ressaltar a trilha sonora, muito caracterizada como a do 007, mas com originalidade de Pennyworth.
A segunda temporada tem um salto de melhora em sua qualidade, e cada ator está confortável em seu respectivo papel. Com Jack Bannon sendo o principal ator, o novo ano do programa da Epix mistura muito drama e ação, ganha ainda mais força em sua reta final de temporada, ainda que o final não seja tão agradável. Embora eu ache que o arco da guerra civil pudesse ter sido finalizado, uma nova temporada pode abrir diversas subtramas interessantes e ainda mais consistentes. Com certeza, Pennyworth é uma das melhores séries da DCTV, que ainda é um tanto desconhecida pelos fãs da DC.
Veredito
Pennyworth melhora em sua segunda temporada, mas retrocede em trabalhar com os relacionamento de Alfred. Com um começo de temporada mais ameno, o segundo ano ganhou mais ritmo durante a reta final, embora tenha dado um salto temporal, permitindo um final em aberto para uma terceira temporada. Com o arco de Alfred ainda não finalizado, e um início promissor para os Waynes, a terceira temporada abre margens para possibilidades infinitas, e um novo horizonte para Pennyworth.
8,5/10.
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