
Reprodução: Universal Pictures
Aviso: Crítica sem spoilers!
Um novo capítulo da franquia.
O nascimento da DreamWorks é bem curioso, pois nasceu da decepção que Jeffrey Katzenberg tinha pela Disney e junto com Steven Spielberg e David Geffen, eles criaram esse estúdio de animação que tem um jeito único de contar suas histórias.
Nisso nasceu animações excelentes, como por exemplo: a franquia Como Treinar seu Dragão, Megamente, trilogia Kung Fu Panda e o filho deles, que revolucionou a indústria das animações, o primeiro filme de Shrek. Não preciso dizer como Shrek mudou o jeito como fazer animação, com sua história louca cheia de camada metalinguísticas, depois do sucesso dos quatros filmes, veio spin-off do Gato de Botas, de 2011 e agora em 2023 temos sua sequência, e tivemos um baita avanço de qualidade.
Acompanhamos a história do Gato de Botas, que descobre que sua paixão pela aventura cobrou seu preço: ele já gastou oito de suas nove vidas. Ele então parte em uma jornada épica para encontrar o mítico Último Desejo e restaurar suas nove vidas.
Essa nova aventura do Gato de Botas serve como uma jornada pessoal dele, tentando deixar de lado sua personalidade egoísta e narcisista. Aliás, seu narcisismo é um dos temas principal da trama, porque sua autopaixão prejudica seu relacionamento com a Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek) e reflete no personagem Grande Lobo Mau, um dos vilões principais do longa dublado por Wagner Moura, e que está incrível.
A animação do longa adotou um novo estilo visual, muito semelhante ao de “Homem-Aranha no Aranhaverso”, e um dos maiores pontos altos do filme é sua animação que está sensacional. Esse novo estilo visual permitiu o longa ser mais cuidadoso nos detalhes dos seus personagens, ter cenas de ação grandiosas e eletrizantes e criar cenários exuberantes.
Joel Crawford comanda a animação, e facilmente Gato de Botas 2: O Último Pedido é seu melhor trabalho até o momento com uma direção bem criativa.
A voz de Antonio Banderas no Gato de Botas é perfeita, não tem como imaginar a voz do Gato de Botas sem ser do Banderas. Todos os personagens tem um ótimo desenvolvimento e vale um destaque para a Florence Pugh (Midsommar) que empresta sua voz para a Cachinhos Dourados e Harvey Guillén que dá voz para o Perro, ambos são uma fonte imensa de carisma.
Essa sequência teve a difícil tarefa de “ressuscitar” o personagem, apresentar a franquia Shrek para uma nova geração e também mostrar para o público que a DreamWorks ainda tem fôlego para fazer belíssimas animações.
Veredito
Esse é o novo capítulo da DreamWorks para o estúdio voltar novamente ser uma grande contadora de histórias.
8/10.