Crítica: Era uma vez um Gênio (2022)

Aviso: Crítica sem spoilers!


“Quero saber uma coisa. O que as pessoas fazem com 3 desejos?”


Olha, quando fui assistir esse filme, fui com o coração aberto e mente aberta e confesso para vocês que gostei do novo filme de George Miller. Quando fiquei sabendo do anúncio do seu novo projeto, automaticamente fiquei empolgado para esse longa, e atendeu minhas expectativas no geral, mas admito que a obra pecou em outras coisas.

Seu novo filme é uma mistura louca de épico romântico, fábulas e tragédia grega. O cineasta usa todos esses elementos para construir sua narrativa épica, e para poder contar suas histórias, Miller usa o personagem de Idris Elba como seu narrador. Cada história tem seu modo de tratar o núcleo principal, que é o amor.

Amor é o sentimento que move todas as histórias de tragédia do Djinn (Idris Elba), um personagem que no passar dos anos vem tendo experiências bizarras nos séculos e descobrindo as camadas diferentes do amor. Quando mencionei que o “bizarro” é a palavra que define a estética do filme, porque é uma bizarrice sem tamanho e gosto disso no longa, ele assume esse tema sem problemas. A fotografia é outro elemento louco, cujo traz um aspecto extremamente colorido para dar a vida aos cenários das épocas que o Djinn visita.

George Miller tem uma mão firme na direção, pois o cineasta consegue conectar sua trama principal e contar suas fábulas do amor ao mesmo tempo, nisso Miller não deixa a desejar.

Three Thousand Years of Longing é filme de amor com visual estonteante

O que deixa a desejar mesmo é o CGI que peca muito, parece que faltou polimento. Em algumas cenas fica nítido que está ou não sem textura. Isso é bem decepcionante vindo do próprio Miller.

Tilda Swinton e Idris Elba são retratados como as pessoas sem sorte no romance, e ambos são conectados pela as histórias narradas pelo Djinn, a química dos atores está ótima. Elba tem uma presença boa como gênio e sua entrada é bem enigmática, e a personagem de Swinton é a típica pessoa que nunca teve uma pessoa que possa chamar realmente de amigo e principalmente sem sorte no amor. A construção dessa relação é sutil durante o longa ficamos na expectativa se a relação dos dois irá acontecer realmente.

Diria que a história de Era uma vez um Gênio é a mais passiva de Miller. Gosto como ele queria contar essa história de um jeito bem único, mas se me permite dizer, há momentos super arrastados no filme e isso faz qualquer telespectador se sentir cansado, até porque esse humilde leitor que vós fala se sentiu cansado nas passagens da obra.


Veredito

Era uma vez um Gênio, do diretor George Miller, está longe de ser perfeito, mas é uma obra bem original e única.

7,5/10.

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