
Reprodução: Warner Bros
Aviso: Crítica sem spoilers!
Não é porque é para crianças, que precisa ser medíocre.
Há 12 anos era lançado “Meu Malvado Favorito”, o tom leve e divertido, se perdeu nas continuações e derivados ao extrair da fonte conteúdo além do material, levando a Illumination produzir obras similares, mas em outros contextos como “Pets, A Vida Secreta dos Bichos”. A nova animação da DC faz uma saudação ao filme com mascotes da produtora da Universal, ao imergir numa fórmula simples, rápida e esquecível e desesperadamente com medo de perder a atenção das crianças da plateia.
A obra retrata Krypto na desventura de buscar amizades e descobrimento do mundo. O mal assola seu maior companheiro, Super-Homem e ele se junta a uma equipe desajustada de animais domésticos para combater o antagonista. Essa breve descrição foi o necessário para a produção comercial com emulação de lançamentos recentes.
Se a série animada de “Krypto – O Super-Cão” continha diversão casual com o caso da semana, Jared Stern converge tudo em uma sequência de acontecimentos repentinos e cômicos para agradar seu público alvo sem qualquer preocupação com a narrativa, e exigindo o máximo da montagem na agilidade esquetes cômicas consecutivas até exaurir a paciência do público.
Os comentários sobre abandono de animais se tornam uma aresta isolada dramática, dentre as poucas etapas criativas, como exemplo a interação genuína entre Kal-El e Krypto com o significado emblemático sobre amizade de forma agradável. Dentre as obras infantis do estilo, se assemelha a diversas, como a citada na introdução ou “Bolt – Supercão”, mas sempre com uma experimentação dos temas da outras, sem nunca investir tempo e carinho nesses aspectos.
Contudo, a nova empreitada da DC, é um esquema caça-níquel comercial, seu envolvimento com certos pontos do filme são precisamente pensados, sejam as piadas a modismos atuais para atingir uma faixa etária perto da pré-adolescência, o design de certos personagens que recordam de antigos gibis para os mais velhos, e a saudação por referência a grandes momentos das animações da DC direcionada aos aficionados da editora.
Ressaltando esse aspecto, sendo uma animação da Warner, é nítido o aspecto comercial acerca da animação, seu grau de despretensão é tamanho, cujo nem sequer o esforço para uma modelagem qualidade existe, com fundos apáticos e repetitivos, é uma animação sem vida ou qualidade estética, sempre com um tom urbano cansativo, e texturas esdrúxulas e acabamento. Recordo que “Emoji – O Filme”, mesmo a mediocridade contida no filme, existia uma beleza inigualável da produção, nesse caso não existe uma boa execução.
Se não existe originalidade na história e se torna uma colcha de retalhos de produções como “Trolls 2” e “Sing”. Entretanto, sem a qualidade de animação das citadas. DC Liga dos Superpets é o nítido esforço dos executivos da Warner de embarcar nas métricas atuais, com: super-heróis, astros de Hollywood, piadas da semana, e animais fofos e dóceis.
Seguindo tópico a tópico, como uma riscada na prancheta do “elementos necessários para
uma animação infantil de sucesso”.
Se inspirar na Illumination foi metódo lucrativo e nada criativo, poderia seguir o caminho da Netlix com obras no estilo de “Klaus”, “A Fera do Mar” ou da Sony com “Família Michell e a Revolta das Máquinas”, porque não citar todo o repertório da Pixar,. Porém a Warner busca uma obra de fácil consumo, mas também de esquecimento, irá aplacar o público-alvo de forma certeira, mas não por seus méritos, mas por suas facilitações. Como cinema, DC Liga dos Superpets é uma grande peça de marketing de 2022.
Veredito
Uma aventura clichê e cansativa, repleta de piadas repetitivas. A nova animação da Warner Bros é comercialmente asquerosa, esquecível e desprovida de criatividade. Se houvesse uma beleza visual, mas apenas sobram elementos sobre amizade no caminho para se apegar, e não faz jus ao que se propõe, quando animações infantis já forneceram grandes clássicos do cinema com o simples e básico.
3/10.