
Reprodução: Paramount
Aviso: Crítica sem spoilers!
Clássico dos anos 80 ainda continua um filmaço.
Um dos maiores fenômenos dos anos 80, a franquia Top Gun está de volta com Top Gun: Maverick, que arrecadou mais de um US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais. Mas tudo isso se iniciou em 1986, com Top Gun – Ases Indomáveis, que lançou a carreira de Tom Cruise ao estrelato.
O filme acompanha a escola naval de pilotos, onde o melhor dos melhores treinam para refinar suas habilidades de voo de elite. Quando o piloto Pete Maverick (Cruise) e seu melhor amigo Goose (Anthony Edwards) são enviados para a escola, a atitude irresponsável e comportamento arrogante de Maverick o coloca em desacordo com os outros pilotos, especialmente Iceman (Val Kilmer). Porém, Maverick não está apenas competindo para ser o piloto superior de caça, ele também está lutando pela atenção de sua bonita instrutora de voo, Charlotte Blackwood.
Mesmo 36 anos depois, o filme diverte com suas sequências aéreas impressionantes, trazendo câmeras dentro e fora das aeronaves para dar uma dose de adrenalina ao espectador. Tendo pilotos reais pilotando as aeronaves e os atores sentados em cockpits, o longa ainda depois de tanto tempo, têm ótimas cenas de ação e de um perigo real.
Porém nem tudo é “Top”. O roteiro peca diversas vezes, trazendo algo raso e não conseguindo conectar os personagens aos público. O desenvolvimento dos personagens e principalmente de Maverick são precários, e quando se tem, é para fazer a história seguir adiante. A rivalidade de Maverick com Iceman ainda que memorável, é gratuita e remete a adolescentes brigando.
No entanto, é na categoria musical que o filme se destaca, contendo músicas memoráveis como Take My Breath Away da banda Berlin, Danger Zone, de Kenny Loggins e o inesquecível Top Gun Anthem, um instrumental com uma guitarra composta para o filme por Harold Faltermeyer. Tudo isso tocando com um lindo pôr do sol amarelado.
O filme destaca-se pelas belas sequências de voos e doses de adrenalina lá em cima, alternando entre momentos bregas aqui embaixo. O roteiro bem previsível e recheado de clichês encontra em suas belíssimas coreografias de caças o seu devido valor, mostrando o verdadeiro duelo aéreo e dando ao público uma amostra do que é estar em um caça.
Veredito
Um marco da geração oitentista de filmes, Top Gun: Ases Indomáveis propaga, de fato, a necessidade da velocidade.
7/10.