
Reprodução: Marvel Studios
Aviso: Crítica sem spoilers!
Filme é a compilação de loucura e grandeza da Marvel.
O tema mais queridinho do momento no universo de super heróis é o multiverso, responsável por trazer novos mundos, velhos conhecidos e uma nova era na Marvel Studios. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura traz o conceito do multiverso junto com terror, participações especiais e a maior aventura solo de um herói já visto na Marvel.
Continuação direta dos eventos de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, aqui vemos a jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e alguns desconhecidos, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do multiverso para enfrentar um adversário inesperado.
De volta a direção, Sam Raimi traz aqui o primeiro filme de terror situada em um universo de heróis, trazendo momentos a qual o público pode pular da cadeira, mas nada tão assustador como um Invocação do Mal. O diretor de Evil Dead e da trilogia Homem-Aranha usa toda a sua liberdade criativa para mostrar os diferentes universos, colocando todas as suas cartas na mesa, com o intuito de estabelecer um dos momentos mais belos, assustadores e espetáculos do MCU.
O roteiro de Michael Waldron é inteligente o suficiente para ligar os dois temas que o diretor mais tem forças, trazendo ainda sim um filme com a velha “fórmula Marvel”. As cenas mais memoráveis são justamente as cenas de suspense inspiradas em vários subgêneros do terror. Trazendo em vários momentos sustos, sangue e tensão para um filme indicado para maiores de 14.
No meio de tanto terror também há espaço para o ridículo, havendo vários momentos que o diretor aposta em planos que podem ser considerados exagerados e bregas para um grande blockbuster. Outro ponto positivo é a trilha sonora fantástica composta por Danny Elfman, que consegue passar por momentos de tensão e suspense até as trilhas de grandes batalhas.
Multiverso da Loucura também faz bonito no seu arco dramático, mostrando as jornadas de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) e Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), que são cheias de traumas e sacrifícios. Os personagens secundários também se saem bem, principalmente a iniciante America Chavez, sendo uma boa inclusão para o MCU, podendo liderar as próximas fases deste universo.
Porém o maior erro do filme está em sua história, que possui uma barreira em um dos momentos que eram mais aguardados pelos fãs. Ficando a sensação de que o filme era maior do que os seus 126 minutos, que são muito corridos para apresentar as tramas dos personagens e desenvolvê-las. Mesmo com esses problemas, o elenco de Multiverso da Loucura encontra seu espaço para fazer trabalhos exemplares. Nomes como Benedict Wong, Rachel McAdams e Chiwetel Ejiofor se saem muito bem, interpretando até versões alternativas dos seus personagens.
Veredito
Com acertos e erros, Doutor Estranho No Multiverso da Loucura é a melhor história solo de um herói no MCU, trazendo aventura com um gostinho de terror. O filme chega para trilhar o futuro da Marvel, trazendo diversas teorias que serão sustentadas na internet. Sam Raimi mostrou que um bom filme de herói pode ter breguice, magia e horror.
8/10.