Fantasma começa seus ataques, com sua frase de efeito.
Tom King vai se desenrolando já com a sexta edição de Batman/Mulher-Gato para maio, pelo DC Black Label, e por enquanto, a segunda edição tenta retomar as rédeas de Batman: A Máscara do Fantasma. E o que pensar disso? Com Clay Mann, Tom King tenta retomar um grande clássico, misturando-o com seu arco no DC Renascimento.
Se a primeira edição já é confusa para alguns, essa nova edição deixa tudo ainda mais confuso para os iniciantes em quadrinhos, e que não estão habituados também com A Máscara do Fantasma. Há, de fato, grande conexão com a animação, mas um toque de originalidade preciso do roteirista, elevando Batman em sua grande aventura após a morte do Alfred, e sua aliança verdadeira com a Mulher-Gato de uma vez por todas. Tudo o que acontece entre o passado, presente e o futuro, que, no entanto, é onde a história é narrada, tenta amarrar tudo, sem deixar pontas soltas.
Aos poucos, toda a trama vai se desenrolando. E quando digo aos poucos, é bem mais devagar como de costume. A curiosidade sempre vai despertar no leitor para saber qual é o próximo passo, o que aconteceu com o Batman, ou o que vai ocorrer entre o Fantasma e a Mulher-Gato. São diversas possibilidades, ramificando vários possíveis caminhos para a história andar. Nada será revelado aqui, para não dar spoiler, todavia, a leitura da nova edição é agradável, contendo algumas referências de todo o universo do Batman.
Como um par romântico de Bruce Wayne, Selina Kyle funciona, mas há uma interação e dinâmica assertiva muito maior como Batman e Mulher-Gato. O trabalho de Tom King em unir duas personalidades distintas, mas, que basicamente, se vestem de cinza e preto, é excepcional. De tantas outras edições, há uma melhora significativa na montagem do quadrinho, trama e dinâmica entre os personagens-título. Mesmo que Tom King não tenha sido o melhor em descrever o sentimento de amor para o Batman, seu desenvolvimento em ser um herói destemido, mas que possui fragilidades, é um ótimo trabalho. Ele pincela e renova outra vez um romance conturbado, que agora tem tudo para dar certo.
Não poderia esquecer também de Clay Mann com sua arte e traços bem detalhados, além de um visual inspirador e noir de Gotham. Acompanhado pelo colorista Tomeu Morey, a quem eu também rasgo elogios, a arte e coloração casam perfeitamente. Em partes onde o Coringa aparece, há mais cor, diferentemente quando o Batman aparece, mantendo o ar gótico de sempre, acinzentado e profundo, parecendo denotar o que Bruce sempre sentiu ao reviver seu passado.
Mesmo que ainda seja confusa, e parecendo ainda com mais nós do que a primeira edição, Batman/Mulher-Gato #2 tenta explicar aos poucos, o passo a passo que conecta o Batman e a Mulher-Gato com o Coringa e o Fantasma. Tom King utiliza os velhos métodos de Bruce Timm, além dos seus próprios, para manter o mistério acerca do que pode e vai acontecer, além de explicar o passado com frases no presente. Por enquanto, ainda há muito o que ser visto e explicado pelo roteirista, que está deixando seu nome na história do Batman.
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